Muitas pessoas pensam que alergias e intolerâncias são apenas detectadas através de sintomas explícitos como fechamento de glote, inchaço, vermelhidão ou algum sintoma mais grave, mas não.
Existem alergias, as chamadas alergias tardias, que podem se manifestar em sintomas mais brandos e podem se confundir com outras doenças, seguindo então por tratamentos equivocados.
Foi exatamente assim que aconteceu com meu filho caçula, hoje com 3 anos de idade.
Desde seu nascimento, percebi já no primeiro mês de vida que ele era um bebê mais sensível do que meu primogênito, hoje com 5 anos. Seu sono era mais agitado, sua mamadas mais inquietas e sua sensibilidade para assaduras era algo surreal.
Na 5a semana de vida vivenciei uma assadura grave a ponto de deixá-lo quase em carne viva em minutos de contato com suas fezes, que por sua vez, eram bem mais consistentes que o normal e isso me preocupou.
Minha alimentação na fase lactante continuava como sempre foi, tinha cautela na ingestão de alimentos muito temperados, doces e outros que poderiam desencadear a formação de gases no meu bebê, porém como sempre amei pães e massas, estes itens nunca saíram de meu cardápio, até este dia.
Em consulta ao pediatra, Dr. Aranha me pediu para que parasse de comer alimentos com glúten e derivados do leite por 2 meses e verificar como meu bebê se comportava. Já na primeira semana, como que em um milagre, suas fezes ficaram pastosas como deveria ser para sua idade, seu sono ficou mais tranquilo e suas cólicas diminuíram.
Após 2 meses, fui retornando para uma alimentação habitual gradualmente e tudo ficou bem, pelo menos assim pensamos. Mas este não foi o fim.
Ao completar 2 anos de vida, meu pequeno apresentou sintomas parecidos aos de quando bebê, incluindo um suor excessivo durante a noite na área da nuca, mesmo quando fazia frio, uma coriza constante que dava a ele um ar “fanho” quase que permanente, uma tosse seca que o acompanhava dia após dia, estando o tempo seco ou úmido e o pior de todos os sintomas, uma irritabilidade fora do normal.
Apesar de ser um menino doce e carinhoso, tinha ápices repentinos de gritos de fúria ao longo do dia, nervosismo e choro seja na escola ou em casa, que ultrapassava àquela impressão comum, que todas nós mamães temos do popularmente chamado de “Terrible Two”.
Levei novamente ao meu pediatra após uma longa observação e decidimos juntos fazer um exame minucioso chamado IMUPRO (veja o link completo sobre ele aqui), que analisou 100 alimentos e sua sensibilidade a eles.
Foi quando descobrimos que meu filho era alérgico a Glúten, Ovos e Leite! Imaginem só meu desespero, sabendo que teria que adaptar sua dieta, retirando itens que estão inclusos em “quase” tudo. Pães, Massas, Bolos, Iogurtes, Purê, etc.
No primeiro momento, achamos que tudo seria bem complexo, mas logo em seguida fui guiada por um sentimento de alívio, afinal pelo menos sabíamos que se ele melhorasse dos sintomas sem ingerir tais alimentos, acabaríamos com todo o mal-estar que estava lhe transformando em um menino irritado, constipado e congestionado.
Com o passar dos dias, meu conhecimento e dedicação em transformar sua alimentação foram bem sucedidos e já nas primeiras semanas de uma restrição completa, meu filho já estava mais calmo, já voltara a dormir a noite inteira, sem suor, sem irritabilidade e sem constipação intestinal, ou seja, seu quadro melhorara tão expressivamente que era nítido para familiares, professores e para nós, pais, uma grande conquista.
Imaginem há quanto tempo, inúmeros fatores vinham incomodando-o sem ele nem nós, enxergarmos como combater?
Ver um filho mais tranquilo e aliviado, transformado através de uma nova dieta, nos dá forças para aprimorar os cuidados, testar novas receitas e mostrar a ele que apesar das restrições diante do amiguinhos e familiares, é o melhor para ele.
Se você percebeu que algo não vai bem com seu filhote, investigue, vá além das percepções e até conclusões sintomáticas de muitos médicos.
Acredite! O diagnóstico e tratamento correto, pode transformar a vida do seu filho!