A educação nutricional das crianças é com certeza, há anos, uma das principais ferramentas para melhorar a sua saúde. No entanto, o que é e o que não é educação nutricional ainda é bastante confuso.
Segundo a Dra. Margherita Caroli, Pediatra e Nutricionista do Departamento de Prevenção da Azienda Sanitaria Locale, Brindisi, ITÁLIA, “A educação nutricional não está associando a ensinar às crianças o conteúdo e os nutrientes de diferentes alimentos”.
As crianças não têm controle sobre seus comportamentos para deixar que uma informação complexa gerencie suas decisões principalmente nos dias de hoje, em que a oferta de comidas de baixa qualidade é tão difundida, duradoura e atraente. – comenta Dra Margherita Caroli
A educação nutricional para os
pequenos não informa apenas que alguns alimentos são bons ou ruins para sua saúde futura. As crianças em sua menor idade não têm a real compreensão nem o sentimento de seu futuro, especialmente se o futuro está relacionado à sua saúde. Infelizmente, esse significado pertence apenas a crianças doentes crônicas que se perguntam se conseguirão superar seus problemas.
A educação nutricional eficiente na infância deve trabalhar de forma que torne os alimentos saudáveis atraentes, familiares e saborosos, de modo que permita que as crianças escolham espontaneamente “bons alimentos”, onde o “bom” significa, ao mesmo tempo, saboroso e saudável.- continua Dra Marguerita.
Para alcançar este objetivo, algumas estratégias simples podem ajudar os pais a agir de forma positiva e não apenas a ensinar teoricamente.
Tenha sempre “à mão” e visíveis ( higienizados é claro), opções saudáveis e coloridas, especialmente frutas, legumes e saladas, desta forma mesmo inconscientemente, estas opções farão sempre parte do dia a dia e do cenário alimentar da criança, assim quando bater àquela fome no meio da tarde, serão as primeiras opções de mais fácil acesso, aumentando as chances de ser a escolha do seu filho para um lanchinho rápido.
Convide seu filho a participar das compras com você: À partir de 6 ou 7 anos, quando as crianças tendem a ficar mais curiosas, questionadoras e ao mesmo tempo mais relutantes, permita que elas entendam o caminho completo dos ingredientes até chegarem em seu prato. Convide-os a participar de todo o processo, desde a escolha de cada ingrediente, insentive-os a sentir os aromas e texturas, desta forma antes mesmo de comer, eles já estarão propensos e instigados a experimentar.
Compartilhe com seu filho os preparo da refeição: Com o devido cuidado é claro no processo de cozinhar, permita que as crianças ajudem a higienizar frutas e legumes, neste processo eles serão capazes de entender o cuidado que devemos ter com o que ingerimos, os aromas em meio a processo de preparo, etc. Este antes e o depois, com seu envolvimento, o fará orgulhoso e importante, depois disso, sentar à mesa e apreciar uma refeição saudável será leve e prazeiroso.
“Ter alimentos saudáveis, principalmente vegetais, em casa, em grande parte visíveis e disponíveis, comprar alimentos com crianças, mas sem deixá-los usar seu poder nos supermercados e cozinhar com eles, ajuda muito a convencer as crianças a comer vegetais e gostar eles.” – Conclui Margherita.
No entanto, os pais não devem esquecer que eles são os principais modelos para seus filhos e que nenhuma criança vai se alimentar de forma saudável se seus pais não mostrarem o mesmo comportamento.