A palavra “Cólica” traz terror para os corações dos pais no mundo inteiro. Mas o que exatamente significa “cólica”?
A cólica é, na verdade, definida como choro excessivo: uma criança saudável e bem alimentada que chora mais de três horas por dia, mais de três dias por semana, por mais de três semanas, explica Dra. Teresa Neff, naturopata e médica da criança e do adolescente na Seattle Nature Cure Clinic em Seattle, Washington – EUA.
No entanto, o termo é jogado ao redor aleatoriamente, e muitas vezes implica dores de barriga consequentes de diferentes fatores. Independentemente da definição, se seu bebê, ou um bebê que você conhece, chora neste cenário, você pode querer saber alguns fatores.
Aqui estão os fatos médicos sobre cólica segundo a Dra. Teresa Neff:
- ordem de nascimento não afeta cólica
- método de alimentação não afeta cólica (mamar no peito ou mamadeira)
- geralmente começa em torno de 2 semanas de idade e desaparece em torno de 3 a 4 meses de idade
- gênero não é um fator
- crianças mais velhas que tinham cólicas como bebês não são diferentes daqueles que não tinham.
E… alguns fatos sociológicos sobre cólica:
- é comovente ver seu bebê chorar tanto
- é extremamente difícil manter a paciência com um bebê que chora muito
- cuidar de um bebê com cólica pode causar perda de controle emocional pelos pais
Aqui estão possíveis explicações para todo aquele choro:
- dor abdominal devido aos gases
- dor abdominal devido ao refluxo
- dor abdominal devido a um trato gastrointestinal imaturo
- dor abdominal devido a uma reação a algo que a mãe está comendo (se amamentada no peito) ou algo na fórmula (no caso de mamadeira)
- dor abdominal devido a hormônios
- estágio normal de desenvolvimento
- excesso de sensibilidade a estímulos
- sistema nervoso imaturo
Mais importante, antes de discutir abordagens de tratamento. PRIMEIRO, agende uma visita com o pediatra do bebê para descartar infecções, problemas oculares, alergias, intolerâncias e outras causas médicas agudas para o choro e desconforto. Você não quer correr o risco de algum problema mais sério, ser tratado como cólica, certo?
Uma vez que o diagnóstico de cólica tenha sido feito, o seu pediatra certamente sugerirá algumas coisas para tentar amenizar o problema.
Segundo a Dra Teresa explica, existes diferentes causas, para o mesmo “tipo” de cólica. Então o próximo passo é tentar determinar por que o bebê está chorando tanto. São gases? É refluxo? É super sensibilidade? Determinar a questão subjacente (considerando a abordagem da medicina antroposófica e holística) informará sua abordagem ao tratamento.
Então, como você descobre a causa? As quais podem ser mais do que uma.
Bebês com gases:
- parecem aliviados quando arrotam ou passam flatulência (soltam pum)
- super importante o bebê arrotar depois de cada alimentação
- tem muitos gases, mas pode precisar de ajuda para passar
- provavelmente será sensível a alimentos como feijão, couve, brócolis, repolho e couve-flor na dieta da mãe (se estiver amamentando) se alimentado com mamadeira, pode se beneficiar de um bico de fluxo mais lento, evitando a passagem do ar, é bom ficar atento também aos componentes da fórmula
- provavelmente será ajudado por massagens leves abdominais e simular o andar de bicicleta com as perninhas, auxiliando a passagem de flatos (puns) :-)
- pode melhorar, temporariamente, com o calor para a área da barriga, uma pequena bolsa de água quente com água morna – tenha cuidado, a pele do bebê é super sensível, proteja sempre o bebê com toalhas ou panos de algodão
- provavelmente melhorará com ervas anti-gases e de auxílio a digestão como chaomomila, hortelã, funcho e gengibre (OBSERVAÇÃO: não administre chás ou ervas de qualquer forma a seu bebê sem a orientação de um médico)
Bebês com refluxo:
- podem piorar com ervas anti-gases
- arqueiam as costas e endurecem as pernas quando desconfortáveis
- muitas vezes estão reagindo mal a uma comida que a mãe está comendo (se amamentado no peito), como café ou chocolate, ou muitas vezes tem uma pré-disposição a uma sensibilidade alimentar.
- se sentem melhores quando alimentados na posição vertical e deixados na vertical por 30 minutos após a alimentação
- provavelmente se sentirão melhor, pelo menos temporariamente, enroladinhos num coeiro ou perto ao seu corpo num sling.
Bebês super-sensíveis:
- este deve ser um diagnóstico que você considera após descartar gases e refluxo
- amamente em um ambiente com pouca iluminação
- amamente com baixos níveis de ruído
- o bebê se comportará melhor ao lado de pessoas calmas e pode ficar agitado em torno de pessoas de alta energia ou ansiosas
- podem ou não gostar de ruídos ou música suave
- podem gostar de banhos mornos
- podem gostar de massagem infantil, como shantalla
- podem gostar de um balanço infantil e passeios no sling, com movimentos suaves
- provavelmente responderão bem e rapidamente a um remédio homeopático (receitado pelo seu médico)
DICA IMPORTANTE:
Deixe o bebê exposto a um pouco de sujeira, muitas vezes a super-proteção e a preocupação excessiva com higiene e limpeza, nos faz manter nossos bebês estéreis à sujeira, impedindo seus corpos de desenvolver seu sistema imunológico que está muito relacionado a maturação de seu sistema digestivo.
Sem sujeira, não há bactérias, sem bactérias não existe digestão, uma difícil digestão gera cólicas e mau absorção de nutrientes.
NÃO SE DESESPERE. Se você não conseguir determinar a causa das lágrimas do seu bebê e não conseguir encontrar nada que ajude, mesmo um pouco, NÃO DESISTA!!!
Os bebês geralmente superam as cólicas por volta dos três a quatro meses de idade. Você fez sua devida diligência, e não há NADA que você esteja fazendo errado. Você ainda é uma boa mãe e um bom pai. Acalme seu bebê o máximo possível, mas faça intervalos quando necessário.
Quando você começar a sentir-se frustrado, coloque o bebê em um local seguro e vá para outro ambiente. Medite, conte até 20, cante uma música, ouça uma música; faça algo que lhe traga tranqüilidade e recupere a perspectiva. Faça isso quantas vezes for preciso e aos poucos, você e seu bebê vão se adaptar e super esta fase difícil.
Referência: Naturopathic Pediatrics