Orgânico ou Não Orgânico, Natural ou Processado? Vamos entender esta escolha?

Hoje em dia, muitos termos permeiam as campanhas sobre alimentação infantil, sejam elas favoráveis ou desfavoráveis, mas o que isto tudo significa?

A cada dia crescem os produtores e ofertas de produtos orgânicos nas prateleiras dos supermercados e hortifruits. Para nossa alegria e tranquilidade, eles vieram para ficar, afinal são

melhores e mais saudáveis do que os convencionais ou não-orgânicos, mas por que?

Temos também os estudos que nos mostram que alimentos ditos “Naturais”, estão a quilômetros na frente dos “Processados”, mas o quê afinal isso tudo quer dizer?

A nutrição baseada na Antroposofia vem mais uma vez nos dar algumas dicas de maneira simples e clara, sobre diferenças:

Primeiramente devemos considerar que a alimentação consciente e saudável na 1ª infância, é o fundamento principal para toda a vida do indivíduo. É nesta fase que se formam as bases e critérios de escolhas de uma criança, que se bem estimulados, caminharão ao lado dela por toda a vida.

Haverão fases na adolescência, que em períodos de rebeldia ou de negação, ela agirá contrária a tudo o que lhe foi dito pelos pais ou cuidadores, mas esta atitude com certeza estará muito mais ligada a processos de socialização do indivíduo, do que com suas próprias escolhas, e estará longe de ser um problema.

Sua base real sempre será àquela apresentada quando pequena.

É por isso, que estas escolhas na infância são cruciais.

Quando falamos de um alimento – no caso dos vegetais não-orgânicos, estamos falando sobre àquele alimento que:

• recebeu uma dose extra de agrotóxicos para combater pragas;
• estimulantes no solo e no adubo para se reproduzir e crescer em demasia, gerando assim maior lucro e liquidez ao produtor;
• uma sobrecarga generalizada em todo o complexo de desenvolviento da natureza, ou seja terra, ar e água;
• deixou de ser 100% natural.

Em contra partida, teremos os orgânicos que desde sua origem:

• respeita cada etapa para seu crescimento.
• no caso dos vegetais, este respeito vem desde o solo, as sementes, o cultivo, a espera do amadurecimentos natural para daí, a colheita;
• não são empregados produtos nocivos a nossa saúde nem ao meio ambiente;
• no caso dos animais, são respeitados desde a alimentação correta e também natural, o ambiente, o tempo de produção do leite ou ovos;
• isenção da aplicação de hormônios ou antibióticos para forçar sua produção.

Então, se alimentar-nos é uma questão de necessidade para a vida, o que comer de fato para NUTRIR o nosso corpo?

A Antroposofia, não visa o NUTRIR apenas através do alimento para a saúde dos órgãos, mas através de um conjunto de escolhas, beneficiar o corpo, a mente, o espírito e nossa postura no mundo. Consequentemente, aumentando nossas conquistas em todas as sensações, as emoções, as relações com os outros e com o universo.

Se comermos por exemplo um morango orgânico, estaremos à partir de sua ingestão in natura, nos beneficiando de todos os seus nutrientes, em sua integralidade assim, nutriremos nosso corpo não só do alimento, mas de sua energia, da vida que ainda existe naquele alimento. Ao passo que, quando consumimos um morango, recheado de agrotóxicos e outros venenos, nosso corpo gastará uma boa dose de energia vital, para tentar eliminar todo aquele veneno e irá absorver muito pouco de seus nutrientes, fora que os resíduos que não conseguirem ser totalmente eliminados, permanecem em nosso corpo, desgastando e desvitalizando aos poucos nosso organismo.

Quando falamos de NATURAIS versus PROCESSADOS, temos uma comparação equivalente:

Quanto mais próximo o alimento estiver da natureza,  de sua criação, maior será absorção de nutrientes pelo nosso organismo, pois nosso organismo é capaz de identificar esta integralidade e se nutrir dela, em contrapartida, quando mais processado e condicionado ao uso de aromatizantes e conservantes este alimento estiver, menos reconhecimento nosso corpo terá dos reais nutrientes e menor vitalidade alcançaremos com aquele alimento.

As escolhas para a alimentação de uma criança tem especial importância afinal, não criamos um filho para um momento, para uma idade, mas para um longo caminho a ser percorrido de uma vida inteira.

Sendo assim, quanto maior atenção tivermos nas escolhas do que nossos pequenos levam à boca, de como ensinamos e estimulamos seus sentidos e sensações em relação aos alimentos naturais e ao mundo, maiores serão as chances de lá na frente, termos um indivíduo saudável, forte, recheado de energia, minimizando os riscos de doenças como diabetes, problemas no coração, no aparelho digestivo e até protegendo-o de alguns tipos de câncer.

Faça a escolha certa hoje, e colha bons e coloridos frutos amanhã!